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terça-feira, 16 de março de 2021

Um dia alguém vá contar esta história aos filhos!

  O mundo em vivíamos, era do, desperdício e deslumbramento, de pobreza e abundância, mas antes e para entendermos, voltamos ao ano 2020, o ano do vírus, vejo as pessoas a tornarem-se maiores do que eram, mais do que pudéssemos imaginar, a natural ambição, tornou-se tão rápido que podiam ter tudo o que sempre sonharam, num dia, num clique, era este o mundo antes do Covid. As famílias, deixaram de conversar, o equilíbrio deixou de existir, as crianças, tinham acesso ao telemóvel, raro a que não tinha, o que significava estarem cada vez mais sozinhas, a sentirem-se só.Diariamente nos céus, cresciam a espessura dos gazes, dos fumos, cada vez mais se andava de avião, deixou de ser uma necessidade para ser um luxo, lá em baixo as filas dos automóveis, eram cada vez maiores,  contribuindo também para a tal nuvem, quase não se viam as estrelas. Trocamos a relva pelo cimento, enchemos o mar de plástico, porque o nosso lixo era ilimitado, cada dia que se ia pescar  o peixe já estava embalado tanto era o lixo, porque era ilimitado, enquanto os poderosos, fumavam, bebiam, e apostavam, os que lideravam nos seus países,  diziam ser melhor não confrontar os senhores do dinheiro, era preferível morrer. Vem o 2020, e nasce um vírus, os governantes reagiram, menor liberdade na circulação, ordem para recolher cedo, enquanto estávamos recolhidos em casa, e com medo, as pessoas lembraram-se dos seus instintos, lembraram de sorrir, começaram aplaudir para agradecer, a ligar à família, enquanto os aviões pararam, e os carros também, nós recolhidos em casa, as crianças à espera para poderem dar as suas correrias nos parques de diversões. Com os céus sem viajantes, a terra começou a respirar, as praias trouxeram novas vidas, que iam para o mar, algumas pessoas começaram a dançar, outras ainda cozinhavam, crescemos habituados a más notícias, mas as boas estavam em produção, para quando reerguermos, no final, preferimos o mundo que encontramos, sem os velhos hábitos que se extinguiram, a, abrir caminho ao novo, valorizando todo simples ato de bondade!

 
 António Machado!